31 de julho de 2013
Colo que acolhe...
"Colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta,
silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre,
olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais,
mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar.
Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina."
16 de julho de 2013
10 de julho de 2013
Língua Portuguesa
Lembrando que todo mundo erra um dia e ninguém deve ser crucificado por causa disso.
Depois de cometer um "terrível" erro de ortografia decidi pesquisar a respeito.
Conclui que estamos cada vez mais próximos da língua falada, dependentes do corretor do word e que realmente a língua é viva e tende a ser econômica.
De qualquer forma o que está errado hoje, está errado e deve ser corrigido. Lembrando que todo mundo erra um dia e ninguém deve ser crucificado por causa disso.
Vale destacar que há uma forte identidade entre as formas L e U quando com valor fônico /u/, rompendo com os limites estabelecidos pela noção de "palavra" e confundido seu estatuto.
Para ficar mais claro:
A palavra "alto", por exemplo, pode ser pronunciada "alto", "arto" e "auto".
A pronúncia "alto" é mais frequente em certas regiões do sul do país e na fala de pessoas mais idosas.
"Arto" é mais comum em falantes de pouca escolaridade - do país todo.
"Auto" é hoje a pronúncia culta mais disseminada.
Na verdade, há uma quarta variante, que é um "l" um pouco posterior ao dental, que se produz com a ponta da língua tocando os alvéolos ou o palato. É um segmento que está a meio caminho - do ponto de vista da fisiologia da articulação - entre o "l" e o "u", cada vez mais raro.
A simples troca dessas letras pode alterar o significado da palavra:
frauda (verbo fraudar, enganar/lesar) X fralda (para bebês)
Esse tipo de erro também pode ser chamado de ato falho, segundo Freud.
Segue um trecho interessante (dito pela Dona Etmologia) do livro "Emília no país da gramática" sobre erro:
"- Por fim há tanta gente a cometer o mesmo erro que o erro vira uso e, portanto, deixa de ser erro. O que nós hoje chamamos certo, já foi erro em outros tempos. Assim é a vida, meus queridos amigos."
Mas de qualquer forma ainda é erro e portanto, não se deixe enganar pela fala. Consulte sempre um dicionário, atualizado, claro!
9 de julho de 2013
Gentileza
É tão fácil ser gentil e agradável.
As pessoas que são capazes de perceber os sentimentos, as necessidades alheias e num gesto espontâneo procuram ajudar, são pessoas gentis, que demonstram no dia a dia sua nobreza de coração.
Toda gentileza gera gentileza.
Se desejas viver em um mundo mais fraterno e solidário, espalhe gentileza por onde andares e perceberás que, naturalmente, criarás um ambiente entorno de você, de acolhimento, harmonia e paz.
Muitas pessoas acham que chegar à terceira idade é ruim. Mas apesar dos novos desafios que aparecem nesta época da vida, é nessa fase que se pode colher os frutos das realizações de uma vida toda.
Aproveite e busque atividades que te dê prazer e te faça sentir útil. Que tal um programa de voluntariado? Nunca é tarde para começar.
Fazer algum exercício físico é fundamental!
Procure uma companhia agradável e faça caminhadas pelas manhãs.
Procure uma companhia agradável e faça caminhadas pelas manhãs.
Um grande beijo
By Mendez
8 de julho de 2013
Eu andei fugindo de tudo que me fazia mal. Andei me doando menos. Andei me importando menos. Andei duvidando mais. Andei selecionando mais. Andei buscando respostas. Andei procurando perguntas novas. Respirei aliviada quando olhei pra trás e não vi desespero, nem confusão de ideias. Sorri despreocupada quando olhei pra frente e vi um futuro que desconhecia, mas estava certa do caminho escolhido. Um caminho sem mágoas, sem arrependimentos, sem pesos desnecessários.
Um dia você entende que o tempo não é inimigo. E que ele é o nosso maior professor. Que tudo vem na hora que deve vir. Que não adianta espernear nem se esconder da vida. Que a fuga NÃO é a melhor saída. E que no fim das contas a gente sempre acaba AGRADECENDO tudo que passou. Porque o tempo (ah, o tempo!) está sempre ao nosso lado para nos mostrar o que realmente VALE A PENA.
2 de julho de 2013
A nova safra de chatos
por Arnaldo Jabor
A safra de 2013 tem se revelado muito rica de sabores. 2013 tem sido um bom ano para novos tipos.
Uma vez, escrevi um artigo sobre “os chatos” que foi um sucesso entre chatos e não chatos. Descobri em minhas pesquisas que o chato se sabe como tal, mas é movido pela esperança obstinada de um dia se libertar dessa categoria e ser aceito por todos. Nesta utopia ele se gasta e chateia todo mundo. Existem muitos tipos de chatos catalogados, sendo o mais famoso deles, o rei, o fundador, o “chato de galochas” cujo nome provém do cara que saía de casa com chuva torrencial, calçava as galochas e ia encher o saco de alguém. O contato com os chatos me revela uma variada gama de comportamentos de nosso tempo. Os chatos sempre se renovam em safras, como os vinhos. A safra de 2013 tem se revelado muito rica de sabores: uns mais encorpados, outros mais suaves e divertidos etc... 2013 tem sido um bom ano para novos tipos.
Depois que eu comecei a falar na TV, virei um papel de mosca para chatos. Não quero bancar o “famosinho" mas, veja bem (como dizem os chatos), o sujeito te vê na TV, no quarto onde ele está transando com a mulher e você na tela, falando sobre o mensalão. O cara fica íntimo, te agarra na rua e gruda como um colega conjugal.
Há chatos masoquistas e sádicos. O primeiro é aquele que gosta de chatear para ser maltratado: “Porra, não enche, cara!” Ele adora ouvir essa frase para remoer um rancor delicioso que valoriza sua solidão: “Não me entendem, logo sou especial!”
O chato sádico quer ver teu desespero e escolhe os piores momentos para te azucrinar: “Poxa, sei que sua mãe morreu ontem, mas ouve meu problema com minha mulher...”
Temos o chato do elevador. Estou num elevador vazio, indo para o 20. Entra um cara, e me olha. Eu, precavido, já estou de cabeça baixa. Há uns momentos tensos de dúvida: “Ele ousará falar?”, penso. Passam uns andares. Não dá outra: “Você não é aquele cara da TV?” “Sou”, digo, pálido. “Como é teu nome mesmo?” “É Arnaldo”, digo eu, querendo enforcá-lo na gravata de bolinhas. “Não... é outro nome..” “Jabor”, digo, desesperado. “Isso, porra, claro... É você mesmo que escreve aquelas coisas?” E eu penso, sorrindo: “Não; é a tua mãe que me manda”.
E os autógrafos? “Seu nome qual é, meu bem?” “Ildilene... não... faz de novo — Yldilene, com Y...” “Pronto!”, digo. “Escreve também para meu noivo, aqui no guardanapo, ele te adora... Hermogênio... com H...” Um dos mais angustiantes é o chato íntimo altissonante, que berra de longe seu nome na churrascaria: “E aí, Ronaldo Jabur, isso tem jeito?”
E o chato em dupla? Isso aconteceu. Oito da manhã, aeroporto (sempre esse lugar fatal) e vem o cara. “O mensalão vai dar em alguma coisa?” Começo a balbuciar qualquer coisa. Aí veio um outro cara, que queria falar também. E então deu-se a epifania da chatura. Os dois começaram a discutir porque o recém chegado queria me chatear também... e um era de esquerda e o outro de direita. Assisti maravilhado a uma polêmica febril sobre nosso futuro.
Com a velocidade da tecnociência, multiplicaram-se os chatos do Facebook e os “chatos do celular” Ou seja, de repente você se vê posando ao lado de um bigodudo desconhecido no banheiro, enquanto o faxineiro clica, entre privadas, a foto para a eternidade. Ha também o famoso chato-corno que te pede para falar ao telefone com sua mulher (“Fala com a Flavia — ela te adora”...). E por aí, vão...
Mas, tirante, é óbvio (uma chatíssima expressão) os chatos conhecidos, me interessa mais nesse artigo examinar a forma, o estilo do chato, o que os move, a que aspiram.
Eles surgem de longe. Fingem que não te veem, mas eu (velho de guerra) sei que eles virão. Eles chegam sorrindo, mansos, se autocriticando na base do “não quero te chatear, mas... quem manda aparecer na TV? Ha ha?”
Em geral, ele exibe uma expressão facial entre a admiração por você mesclada a uma pontinha de malignidade, porque ele se sabe importuno e porque há sim crueldade na admiração. Quando ele nota que você adota posições de fuga, suas falas se encadeiam em metralhadora de palavras, de modo que não haja brechas que te permitam uma desculpa tipo “meu pai está no hospital e tenho de ir correndo...” Ele não ouve e te segura o braço, quando você começa a se debater. Alguns demonstram insatisfação com a atitude fugitiva e a irritação lhes assoma no rosto, pois afinal ele está te elogiando e você denota ingratidão.
Ele sente meu sorriso glacial e se mostra ofendido, o que provoca em mim um vago sentimento de culpa que tenho de superar até me desprender e sair apressado. Mas, ele me segue com cara de desprezado, sob o olhar reprobatório de circunstantes que te chamarão de “metido a estrela só porque diz aquelas bobagens na TV”.
A importância dos chatos é antropológica. Neles estão contidos muitos anseios individuais de nossa cultura: o queixume político, a esperança de serem aceitos, o rancor contra os políticos. É extrema a violência de muitos choferes de táxi, por exemplo: “Tem mais é que matar esses putos todos, Maluf é que sabia...” ou a homofobia explícita: “esses viados têm de entrar é na porrada...”
É necessário um estudo: a sociologia do chato. Guilherme Figueiredo tentou e fez um livro chatíssimo. O chato não pode ser maltratado; primeiro, porque não adianta, ele gruda; segundo, porque são um tesouro cultural. Nossa plêiade de chatos é um resumo de nosso desejo de felicidade, de um encontro solidário entre contemporâneos. Continuo a achar que o chato crônico, legítimo, “escocês" é, antes de tudo, um carente. Ele precisa de você para viver; sozinho, ele definha como um vampiro sem canudinho. Provavelmente, tiveram pai que batia, mulher que traía, e são vítimas de uma compulsão inelutável.
Por isso, não sou contra os chatos. Eles são nós. A gente sempre é chato para outro alguém. Meu Deus, quantas vezes já aporrinhei tantos. Como lutar contra eles? O Tom Jobim, uma das maiores vítimas de chatos, me ensinou um truque: “Use óculos escuros. O chato fica desorientado quando não vê teus olhos. O chato quer ver o próprio rosto refletido em teus olhos desesperados. Com você de óculos escuros, ele desiste e vai embora”.
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