A psicologia atual, cada vez mais, vai tomando intimidade com a depressão, ajudando na cura ou no controle antecipado deste problema tão comum em nosso meio.
Classificando-se as depressões em leves (reativas) e graves (neuróticas), podemos dizer que, para depressões leves, temos em nosso corpo um sistema próprio antidepressão e que está ao alcance de todos. É a endorfina — hormônio natural, calmante e antidepressivo e que só precisará, para ser acionado, da boa vontade do depressivo em sair de casa e ir andar (de preferência bem cedinho, com um leve sol) e se exercitar. Exatamente! Esportes como andar, correr, fazer ginástica, aceleram no corpo a produção deste hormônio calmante que pode ser considerado justamente o contrário da adrenalina —o hormônio da briga, que nosso corpo lança na corrente sanguínea, quando estamos em perigo. Quer dizer: adrenalina e endorfina formam uma dobradinha científica. A endorfina acalma, a adrenalina agita, põe pilha, pode-se dizer.
Quanto ao papel do sol, como coadjuvante no tratamento da depressão, já está estatisticamente comprovado que a depressão é muito mais freqüente em países polares que ficam muito tempo sem o aparecimento do sol. Antigamente, pensava-se que era o frio, o responsável pelo elevado número de depressões nesses locais; mito que, com o tempo foi caindo, pois foi-se percebendo que, em lugares frios, como a Austrália, por exemplo, mas que contam com a presença do sol, a depressão não aparece em níveis alarmantes.
Claro que estes fatores (endorfina e sol) funcionam, como dizíamos no início, nas depressões leves (a fossa ou o baixo-astral, como costumamos dizer); já nas depressões graves, o tratamento deve ser mais criterioso. As depressões graves acontecem com pessoas que, vivenciando uma constante situação desfavorável de vida, entram num quadro lastimável de desmobilização e disvitalização extremas.
Nas depressões graves forma-se uma síndrome ( conjunto de sintomas) que vai de uma apatia insistente, para se tomar qualquer decisão, a uma intensa dificuldade de concentração. Choros ininterruptos, palpitações, comer demais ou de menos, desinteresse pelo trabalho, pela família, pelo sexo também costumam estar presentes, às vezes, inviabilizando completamente o convívio social.
Há casos em que a pessoa se prostra dentro de seu quarto, num estado intenso de inanição, e nem para seu banho diário consegue se mobilizar, sinalizando um quantum elevado de falta de energia emocional e psíquica, para o qual torna-se necessária a intervenção psicológica especializada.
Fonte:http://boaspraticasfarmaceuticas.blogspot.com.br
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