8 de dezembro de 2012

Igual não. Similar.

Indústria brasileira se prepara para lançar no mercado cópias de drogas de última geração usadas para doenças como câncer e artrite reumatoide. Mas a polêmica é se elas serão tão eficazes quanto as originais.
Está dada a largada para a nova era da produção de cópias de remédios no País. Expiram, agora em 2012, as patentes de remédios biológicos feitos a partir de organismos vivos, como bactérias. Eles são usados para prolongar e melhorar a qualidade de vida de portadores de doenças graves, como o câncer. Até 2020, outras dezenas de patentes cairão. Entre elas estão a da Herceptina, usada contra tumor de mama, do Mabthera, para linfoma não Hodgkin, do Remicade, para artrite reumatoide, do Xolair, para asma, e do Lucentis, para degeneração macular relacionada à idade.

São medicações carass? Sim, há doses que podem chegar a até R$ 50 mil e que, por isso mesmo, têm um impacto de R$ 6 bilhões anuais no orçamento público. Espera-se, portanto, que a queda das patentes abale favoravelmente as contas de planos de saúde e do SUS e torne esses remédios, em geral mais eficazes, acessíveis a uma parcela maior da população.
Porém, o quadro estabelecido denuncia que a questão é mais complexa do que parece. O grande desafio está em saber se as cópias terão a mesma eficácia e segurança que as drogas de referência. Isso porque, neste caso, o processo de produção dos remédios de marca é muito diferente do aplicado para fabricar as drogas convencionais, das quais hoje é possível encontrar seus genéricos nas farmácias.
Continua...


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