11 de outubro de 2014


Tenho olhos que flertam com horizontes distantes, com os infinitos do céu, do mar, de outro olhar. Com todas as cores, todas as nuances. Olhos que demonstram-se insaciáveis, que buscam outros olhos questionadores. Olhos que reconhecem e por reconhecerem, salvam... Olhos tímidos, verdade, mas que enxergam além das muralhas humanas, além dos estereótipos, além das convenções. E nesse enxergar sem fronteiras por vezes vê fome. De afeto, de afago, de sentimentos maiores, fome de olhar. Olhos que as vezes vê homens e outras escombros.
Tenho olhos que te secam, que te interrogam, que te dizem sobre mim mas que geralmente guardam segredos substanciais da existência, da minha essência. Olhos que dizem: "Decifra-me mas não conclua, eu posso te surpreender"


Natan Gaia

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