28 de novembro de 2012

Erros na Aferição da Pressão Arterial

A aferição correta da pressao arterial é uma tarefa importantíssima e observamos muitos médicos pedirem aos pacientes que tragam as anotações destas medidas realizadas pelo farmacêutico(a) nas drogarias.

Assim, além de terem um acompanhamento mais próximo do controle da pressao arterial, sabem que podem contar com um profissional nas drogarias que realizará todos os procedimentos adequados e evitará os erros mais frequentes desta aferição, quando realizada por pessoas leigas.

Dentro desta realidade, você se lembra dos erros mais frequentes na aferição da pressão arterial?

Sabê-los é uma forma de garantir os exatos valores da diástole e sístole sem influências negativas importantes que podem levar a alterações desnecessárias no tratamento do hipertenso ou diagnóstico falho. Vamos então analisar as falhas mais comuns na aferição da pressao arterial:

Falhas mais comuns na afericao da pressao arterial

1) Manguito com dimensões erradas, ou seja, a largura excessiva ou o contrário, o manguito está estreito:

Esta é uma falha mais frequente nas aferições. Ambos levam a valores falsamente altos de pressão arterial pelos mesmos motivos: será necessária uma pressão maior para ocluir a artéria braquial. Observe atentamente o encaixe do manguito no braço do paciente!

2) Não esperar 1 a 2 minutos para fazer nova medida.

O pouco tempo de nova medida após aliviar a pressão do manguito leva a uma pressão diastólica falsamente alta devido ao pouco tempo para redução da congestão venosa do braço.

3) Interromper o esvaziamento do manguito:

interromper o esvaziamento do manguito antes do final e retornar a insuflação imediatamente para nova medida da pressão sistólica. Assim como no exemplo anterior, obtém-se uma pressão diastólica falsamente alta devido ao pouco tempo para redução da congestão venosa do braço.

4) Paciente sentado com as pernas cruzadas.

Muitos pacientes não entendem a necessidade de descruzarem as pernas ao medirem a pressão arterial. A postura errada leva a valores falsamente altos da pressão diastólica e sistólica devido ao estímulo ao deslocamento sanguíneo das pernas para o tórax.

5) Posicionamento incorreto do braço do paciente.

O braço do paciente deve ficar posicionado ao nível do coração. Acima do nível, tem-se uma falsa redução da pressão arterial, devido à ausência do efeito da pressão hidrostática. Abaixo do nível do coração, ocorre o oposto, com uma falsa elevação da pressão arterial, pois a força da gravidade é somada a pressão exercida pela artéria braquial. Por fim, o paciente não pode ficar segurando o braço durante a medida, pois a contração isométrica resultante levará a uma pressão diastólica falsamente alta.

6) Velocidade alterada de esvaziamento do manguito.

Outro erro frequente cometido na aferição pode levar a resultados opostos: o esvaziamento muito lento torna os sons pouco audíveis devido à congestão venosa, mostrando então uma pressão diastólica erradamente elevada. Em contrapartida, o esvaziamento muito rápido também pode levar a uma pressão diastólica erradamente elevada ou uma falsa pressão sistólica reduzida.

7) Palpação inexistente da artéria radial

Quando se insufla o manguito, deve-se sempre sentir a artéria radial. A inobservância desta regra elementar pode levar a duas situações: na primeira, insuflação excessiva do manguito causando dor ao paciente. A insuflação deficiente do manguito, por outro lado, leva a uma falsa redução da pressão sistólica devido a deficiência em auscultar o som sistólico ou mesmo a aferição da lacuna auscultatória, que é o período que não se ouve os sons em 10 a 40 mmHg e que é frequente na hipertensão.

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