15 de novembro de 2012

... que o seu alimento seja o seu medicamento

"O que os olhos não vêem, o estômago não sente."

















A maneira como nos alimentamos é tão importante quanto a qualidade e a quantidade do que comemos. Para o psicólogo norte-americano Brian Wansink, o nosso dia a dia é tão conturbado que fica difícil até perceber se já estamos saciados ou não. Segundo ele, o segredo está em transformar o ambiente para que ele trabalhe a nosso favor.

Mudanças simples podem resultar em perda de peso e alimentação saudável sem tanto esforço. “Nossas casas estão cheias de armadilhas alimentares”, afirma o psicólogo. Existe um famoso ditado popular que diz: o que os olhos não veem, o coração não sente. Eu o adaptei e costumo alertar os meus pacientes: o que os olhos não vêem, o estômago não sente.

Na maioria das vezes, é exatamente assim que você acaba sendo vencido pelo desejo quando se depara em casa com um pedaço de chocolate guardado na despensa. Você pode até resistir, mas provavelmente vai se martirizar o resto do dia. Mais tarde, acaba comendo e, claro, se punindo.
Portanto, a partir de agora, deixe as comidas mais saudáveis bem à vista e evite ter opções engordativas em casa. Simplesmente, não compre! Para tornar essa tarefa ainda menos tentadora, recomendo que vá ao supermercado após uma refeição, de estômago cheio. Quando estamos com fome, compramos sempre mais do que deveríamos, sobretudo o que é mais calórico.
Ainda de acordo com o psicólogo, as pessoas não imaginam que algo tão simples como o tamanho do prato ou do copo pode determinar o quanto alguém come ou bebe. Várias pesquisas apontam isso de forma bem precisa. Mas nem é necessário ir muito longe. Em um restaurante por quilo, essa relação já fica bastante evidente.
Um dos estudos de Wansink mostrou que os participantes perderam até 1 quilo por mês depois de fazerem algumas alterações, incluindo:

- comer em pratos de salada em vez de usar os grandes

- manter os salgadinhos e afins longe dos olhos e colocar os alimentos mais saudáveis em destaque na geladeira ou no armário

- sentar à mesa na cozinha ou na sala de jantar, e não em frente à TV
"Essas estratégias básicas serão provavelmente mais bem-sucedidas do que a vontade própria. É mais fácil modificar o ambiente do que a nossa mente", conclui Wansink.

Por: Daniel Cady

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